Por: Olimpio Araujo Junior
Sempre deixo claro em meus cursos de marketing digital e mídias sociais os riscos relacionados a publicação de qualquer conteúdo que possa ser mal interpretado ou que tenha qualquer tipo de caráter discriminatório ou ofensivo em relação a classes, etnias, religiões, crenças, orientação sexual e outros. Outro ponto que chamo a atenção é relacionado a linha tênue entre o engraçado e o ofensivo quando usamos o humor em qualquer ação.
Com mais de 2 milhões de seguidores no facebook e 400 mil seguidores no twitter, o perfil da Irmã Zuleide faz sucesso nas mídias sociais desde sua criação em 2011. O problema, é que além de incomodar evangélicos que são o principal alvo das suas sátiras, agora surgiu a denúncia de que a foto usada no perfil é de uma professora de Campinas - SP, que afirma sofrer uma série de transtornos com a situação.
A professora descobriu o perfil falso ainda em 2011, quando postou uma foto sua no site da escola, e uma colega de trabalho identificou a semelhança com a personagem "Irmã Zuleide". Esta colega enviou para ela diversas fotos que encontrou na web, algumas montagens inclusive de cunho pornográfico, sempre usando o rosto da professora.
Desde o ocorrido, ela tenta de várias formas, inclusive por intermédio de seu advogado, retirar as imagens utilizadas indevidamente. Devido ao fato, ela afirma que evita sair de casa por causa do constrangimento, já teve muitos prejuízos financeiros, principalmente com custas dos processos que está movendo contra o responsável.
DETENÇÃO E PROCESSO CONTRA A FALSA IRMÃ ZULEIDE
Através de investigação e pesquisas na internet, o advogado da vítima descobriu a identidade do responsável pelo perfil fake, o DJ Álvaro Oliveira Rodrigues de 30 anos, e descobriu que o mesmo iria se apresentar em uma casa noturna o centro de Santos - SP. Com esta informação, a professora, juntamente com seu advogado comunicaram os fatos a 1 DP de Santos, que instaurou inquérito e passou a investigar o caso.
Na madrugada de domingo, o acusado foi detido pelos investigadores, levado até o 1 DP de Santos, onde foi registrado um termo circunstanciado. A partir de agora, será processado pela vítima que pretende levar o caso até o final.
Morador do Rio Grande do Norte, Álvaro Oliveira Rodrigues afirmou que seu objetivo era fazer sátira de uma igreja evangélica especifica e de seus seguidores. Ele também fazia apresentações como DJ desde agosto de 2012, usando uma máscara com o rosto da professora e roupas de mulher, passando a ser conhecido como DJ Irmã Zuleide.
Fonte da Notícia: Jornal "A TRIBUNA"
